Refutar é preciso?
Desde
que comecei a observar melhor a natureza e as pessoas venho notado à
necessidade de questionarmos as coisas materiais e imateriais que nos cercam. Mas, observei que isso não pode ser feito de qualquer maneira, senão, seremos incoerentes. Pensando nisso, resolvi compartilhar um pouco das minhas ideias sobre tal
questionamento.
Um
dos grandes problemas que já observei foi que para alguns parece doloroso duvidar de algo.Talvez, muitos pensem que fazer isso seja uma atitude errada, tendo em vista que muitas das vezes é
por causa de suas crenças em achar que tudo está respondido e o que não esteja possa significar que não mereça ser compreendido.
Dessa forma, quem duvida de algo acaba se reprimindo e ficando com receio de prosseguir com seus questionamentos, pois, ou não sabe por onde começar ou tem medo de não conseguir discernir e sistematizar as informações a respeito de um tema.
Contra isso, faz-se necessário encontrar um "método" de investigação a fim de não se deixar guiar por uma subjetividade invejosa e, com efeito, comprometer uma possível refutação. De tal sorte, nesse primeiro momento é interessante estabelecer um alicerce em questionamentos simples e encaminhar-se na direção de preposições mais analíticas.
Dessa forma, quem duvida de algo acaba se reprimindo e ficando com receio de prosseguir com seus questionamentos, pois, ou não sabe por onde começar ou tem medo de não conseguir discernir e sistematizar as informações a respeito de um tema.
Contra isso, faz-se necessário encontrar um "método" de investigação a fim de não se deixar guiar por uma subjetividade invejosa e, com efeito, comprometer uma possível refutação. De tal sorte, nesse primeiro momento é interessante estabelecer um alicerce em questionamentos simples e encaminhar-se na direção de preposições mais analíticas.
Assim, visando entender melhor os princípios do entendimento questionei:
A curiosidade é
amiga ou inimiga da dúvida?
Sabe-se que toda pessoa tem suas fases de descobertas (é claro que elas podem ser feitas em qualquer idade) e que na infância fica mais evidente. É normal quando você está nessa fase questionar do que são feitas as coisas que o cercam e o porquê de serem como são, e tentar aprender através de seus pais ou parentes as repostas para o que você queira saber.
Sabe-se que toda pessoa tem suas fases de descobertas (é claro que elas podem ser feitas em qualquer idade) e que na infância fica mais evidente. É normal quando você está nessa fase questionar do que são feitas as coisas que o cercam e o porquê de serem como são, e tentar aprender através de seus pais ou parentes as repostas para o que você queira saber.
Pois
bem, isso é um claro exemplo de que curiosidade está associada à dúvida e que de
certo modo são amigas, já que elas estimulam no caminho do saber refutar, isto é, quando alguém principalmente nessa fase não
entende algo, então, o mesmo acaba despertando em si a semente da dúvida, e mesmo que se não perceba a pessoa já começa a analisar a resposta (do
seu jeito) e se fazer sentido ela procurará aceitar, porém, dependendo da
resposta e do seu grau de curiosidade, uma pessoa pode começar a duvidar da mesma e assim inerentemente
procurará respostas com terceiros ou em fontes mais reservadas ao saber como em
livros, revistas e etc...; quando ela encontrar a uma noção mais esclarecedora, as chances de
refutar o detentor da primeira resposta serão altas.
"Tudo
bem, mas, como faço uma boa refutação? Quais são os caminhos sensatos para
isso?"
Primeiramente,
é essencial que se tenha conhecimento profundo para se negar algo com sucesso. Isso
se deve ao fato de que quanto mais conhecimento e senso crítico alguém tenha
sobre o mundo, maior será seu embate lógico em um assunto. Por isso, procure
pela razão e fundamentalmente lembre-se que:
“Às
vezes, o verdadeiro conhecimento é aquele em que se busca e não o que vem até
você”
Em segundo lugar,
ao absorver qualquer assunto faça uma profunda análise, e quando, encontrar certos pensamentos incompletos ou duvidosos, tenda a questionar tal entendimento e maduramente, procure uma segunda resposta
mais elaborada e aplicável à realidade, através da rejeição em partes ou
completamente das ideias vigentes.
Tudo
isso deve ser feito com a mais pura razão, não caia no erro de adicionar às suas
crenças ou ideologias infundadas no que se pretende ser fundamentado.
Consecutivamente,
não tenha medo de refutar alguém ou alguma coisa. Pois, é defendível que:
“Através
da lógica, a refutação é um dos nossos direitos de existência”
Entretanto,
é reconhecível que depois de se atestar que a resposta e/ou método esteja(m) correto(s), seja de inteligente gesto aceitá-los e tentar ao máximo usufruir desse
conhecimento.
Entende-se
então que é preciso refutar. Sem isso, é impossível o progresso e a inspiração à verdade. Mas, aceite que mesmo pensando de maneira racional você não será o
detentor da opinião ou análise final em um conteúdo que não estará livre de equívocos,
porém, sua resposta poderá abranger muitas utilidades. Não desista
daquilo que você acredita que tenha sentido verdadeiro e tenha sempre uma mente
livre de ideias imutáveis, inclusive, em relação as suas próprias certezas.Contudo, perceba que:
"A refutação é a consequência da semeação racional da curiosidade regada com a dúvida."
Muito bom, me lembrou do Método de Descartes, a dialética de Hegel e o positivismo de Auguste Comte
ResponderExcluirAgradeço as suas sinceras considerações!
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